31 de out. de 2008

NOTA DE REPÚDIO AO JORNAL DA METRÓPOLE DE MÁRIO KERTESZ

A lição primeira para qualquer comunicador é a de que o Meio de Comunicação Jornalístico deve ser imparcial em emitir preferências, sobretudo, em relação à temáticas que geram polêmica e controvérsia na opinião pública, tais como, religião e política.

Mesmo não sendo de grande surpresa, devido a demonstrações que este grupo de comunicação local, a Editora KSZ, Metrópole, de comando de Mário Kertesz, tem proferido em suas publicações e difusões, é lamentável como de forma tão escancarada fez propaganda eleitoral em favor de um dos candidatos à Prefeito de Salvador, às vésperas das eleições no segundo turno em Salvador. Uma verdadeira boca de urna deliberada em favor do reeleito (e não atribuímos somente à esse fato, claro) prefeito João Henrique.

A publicação do Jornal da Metrópole, de 24 de Outubro de 2008, (http://www.jornaldametropole.com.br/) estampa na sua Capa a marca de campanha do então candidato João Henrique. Não é uma opinião é uma Publicidade? Ora, convenhamos que, um veículo de comunicação que se digne, não se submete à falta de sensatez e não subestima ou brinca com a inteligência e o senso crítico da sociedade..

Mais uma vez, é vergonhoso termos que encarar mais um papelão como esse que agora despejaram pelas ruas de Salvador, 80.000 exemplares de sua tiragem. Mesmo depois de tantas vezes gritarmos contra outros veículos que cometeram esta prática arrogante: "TV Bahia, mentira todo dia" e/ou "Correio da Bahia, mentira todo dia". Será que agora teremos que gritar "A Metrópole não! Não tem escrúpulos não"?

Salvador, 30 de Outubro de 2008
SETORIAL DE CULTURA DO PT DA BAHIA

16 de out. de 2008

EU SOU MAIS CULTURA EM SALVADOR

Precisamos de um encontro.
Cultura não pode ser mais tratada no terreno raso de alguma coisa que agora merece atenção, como aquele menino abandonado que vivia esquecido no canto da rua e que, de repente, é notado para uma atitude politicamente correta. Não. É preciso extrair no cerne do desenvolvimento crítico, moral, enfim, no cerne do desenvolvimento humano, as razões que justificam o investimento em cultura. Para além do mero destino de verbas orçamentárias ou da ampliação de equipamentos culturais, que investimento em cultura seja entendido como o próprio desenvolvimento humano e social, como prega a Agenda 21 da Cultura. Outro conceito fundamental que precisa ser incorporado na elaboração de políticas públicas é o de “evidenciar a importância da cultura no equacionamento de soluções para os problemas urbanos contemporâneos”, como foi intensamente debatido no Seminário Internacional A Cultura pela Cidade – Uma Nova Gestão Cultural da Cidade, realizado em abril deste ano, em São Paulo.

Como o próprio candidato Pinheiro evidencia, Salvador não possui vocação para indústrias, e sim, para serviços. Portanto, não se pode passar desapercebido de que a cultura há muito já não é tratada no plano secundário, em muitos lugares do mundo, apenas como produção de bens simbólicos, e sim, como produção de bens, serviços e produtos com valor econômico relevante. Este é um aspecto levantado pelo professor Teixeira Coleho, onde aponta dados do IBGE que registram um número maior de trabalhadores brasileiros em cultura do que na indústria automobilística, porém, alertando para o perigo da domesticação da cultura transformada simplesmente em serviço.

Por essas e outras razões, nos propomos a colaborar para a elaboração de políticas públicas que comportem a complexidade e a multiplicidade da cidade de Salvador, quando nos propomos a subsidiar o programa de governo do candidato Pinheiro na área cultural.

Acredito que, neste momento, deveríamos preparar um encontro do setor cultural (artistas, produtores culturais, pesquisadores, etc.) para alimentar o debate da política cultural que queremos em Salvador, com Pinheiro prefeito e Lídice vice-prefeita.
Gostaríamos o Setorial de Cultura do PT da Bahia, de uma opinião e da colaboração de todos neste momento, quando poderemos contar com um Prefeito aliado e sensível às nossas reivindicações.

Venham todos. Venham todas. Todas as tribos, todos os tipos.
Vamos todas, todas as mentes. Vamos todos, todos os corações.
Vamos acabar (ou não) com todos os mitos.
E dizer que investimentos culturais são evoluções.

Tony Teófilo

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