19 de abr. de 2011

Carnaval e Cultura - por Antonio Albino Canelas Rubim

Carnaval e Cultura - por Antonio Albino Canelas Rubim

Antonio Albino Canelas Rubim*

O carnaval é uma das manifestações mais vitais da cultura baiana. Ele expressa o jeito de ser dos baianos, a alegria e a criatividade de nosso povo. O carnaval, com todos os seus sabores e também dissabores, conforma parte da imagem pública deste estado chamado Bahia. Ele mobiliza multidões de foliões, baianos e turistas, que pulam o carnaval, e de trabalhadores que fazem a festa, gerando emprego e renda para muitos, ainda que sua distribuição nem sempre seja a mais justa. Assim, ele tem enorme significado não apenas para aqueles que brincam o carnaval, mas para toda a Bahia.
Nesta perspectiva, a festa merece um tratamento muito especial como expressão cultural viva e lúdica de nossa população. O Conselho Estadual de Cultura sugeriu recentemente a criação de um museu do carnaval. Em uma interpretação livre desta interessante proposta, pode-se imaginar uma casa, espaço, usina. Um ambiente pulsante que acolha de modo permanente, mas em constante movimento como um trio elétrico, toda sua constelação de estrelas, sonoridades, imagens e personalidades. Um lugar vital da memória e de justa homenagem a toda criatividade, criaturas e criações que animam o carnaval. Um território presencial para que baianos, turistas, pesquisadores conheçam mais a festa. Um espaço virtual, conectado em rede e tecnologicamente avançado, como nosso carnaval, para levar, outra vez mais, ao mundo esta mensagem de festa, paz e alegria. Mas este sonho só pode se tornar realidade como construção coletiva, que reúna muitos corações e mentes, como no carnaval, e mobilize: Estado; sociedade civil e todo o povo da festa.
Outro componente pede passagem neste bloco de carnaval. Paulo Miguez, pesquisador da festa, vem propondo a realização de seminários internacionais dos carnavais da América ou do mundo, que possibilitem um diálogo intercultural com a diversidade de modos de organizar e brincar a festa. Os carnavais são muitos. Assumem diferentes modos de se realizar e estão em variados lugares das Américas e do mundo. A Bahia pode ser um pólo para acolher, aglutinar e discutir esta diversidade da festa. A dimensão de nosso carnaval permite propor Salvador como ponto de encontro dos carnavais das Américas e do mundo. A cultura se desenvolve sempre e necessariamente através do intercâmbio de estoques e fluxos culturais. Os seminários podem projetar ainda mais nossa festa e reforçar a promoção da diversidade cultural, parâmetro contemporâneo para pensar a riqueza das nações.
O bloco pode ter sua apoteose com a imaginação de uma nova governança para a intervenção do governo do Estado no apoio ao carnaval. Hoje o governo baiano é o principal responsável pelo financiamento de nosso carnaval. Segurança, saúde, cobertura midiática e inúmeras manifestações culturais, dentre outras iniciativas, são assumidas pelo governo estadual. Entretanto esta vigorosa atuação acontece de modo fragmentado e disperso. Inspirado no programa Carnaval Ouro Negro, existente desde 2008 e imaginado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, poderia ser criado um fundo específico para financiar a festa com aporte de todos os órgãos estaduais que já apóiam o carnaval e de outras instâncias estimuladas a fazer o mesmo. Um fundo de funcionamento republicano, transparente, gerido de modo democrático e participativo pelo conjunto de entes institucionais, públicos e da sociedade civil, envolvidos com o carnaval. Um fundo envolto por uma política de estimulo à diversidade e à criatividade, como uma governança que estimulasse o planejamento e a melhor organização de uma das maiores festas do mundo contemporâneo.
Este conjunto de intervenções – usina, seminários, fundo de apoio e governança – por certo irão dar potência a nossa grande festa. Os serviços necessários serão aprimorados, as entidades carnavalescas terão mais tempo para se preparar e o apoio do poder público estadual será mais adequado e justo. Tudo para ampliar a criatividade, a espontaneidade e a animação da nossa maravilhosa festa.

*Antonio Albino Canelas Rubim é Secretário de Cultura da Bahia e Professor da UFBA e pesquisador do CNPq

17 de abr. de 2011

Fórum de Políticas Culturais

Segue convite para o próximo Fórum de Políticas Culturais com CláudiaLeitão, no dia 26 de abril - 19h, no Conselho Estadual de Cultura. O tema do debate é Economia Criativa.



Caso não consiga visualizar este e-mail corretamente,* clique aqui:


Crédito da informação: Fátima Fróes

13 de abr. de 2011

Fórum de Políticas Culturais da Bahia realiza primeiro encontro

Gestores, produtores, acadêmicos e agentes culturais do estado se reuniram, na noite desta terça-feira (12), na abertura do Fórum de Políticas Culturais da Bahia, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), e em parceria com a Representação Nacional da Bahia no Ministério da Cultura. Até o final de novembro serão realizados 13 encontros, com o objetivo de apresentar a visão do MinC aos profissionais que lidam com a produção cultural. Nesta primeira edição, realizada no auditório do Conselho Estadual de Cultura, anexo ao Palácio da Aclamação, no Campo Grande, a secretária nacional da Cidadania e Diversidade Cultural, Marta Porto, respondeu a perguntas do público sobre projetos, programas, entre outras formas de incentivos previstos pelo governo federal ao setor cultural baiano. “Estamos inaugurando um programa que se chama Rumo à Cidadania Cultural, que são visitas em todo o País. Começamos na semana passada, em Belo Horizonte (MG), para inaugurar uma forma de dialogar com a rede de cultura, gestores, artistas e jornalistas, apresentando as propostas iniciais da secretaria e também pegando as contribuições”. Conforme Marta, durante os encontros o MinC pretende abrir discussões sobre o Programa Cultura Viva, que envolve toda a rede de pontos de cultura. “Queremos consolidar o programa. Para isso, temos grandes desafios do ponto de vista da gestão, melhorias no atendimento, além de uma melhor compreensão dos processos, com monitoramento e acompanhamento. Precisamos dar respostas à altura das necessidades de cada região”. Outra questão abordada pela secretária está relacionada ao acesso das pessoas que não produzem, mas consomem cultura. “Queremos fazer uma convergência com os programas de acesso ao cidadão, ou seja, como o cidadão comum também aproveita as políticas do Ministério da Cultura sem ser um produtor cultural”. Para a presidente da Associação dos Dirigentes Municipais de Cultura da Bahia, Normelita Oliveira, o Fórum “é um momento de consolidação de um trabalho realizado há quatro anos na Bahia”. Na opinião da representante regional da Bahia do MinC, Monica Trigo, o momento é de ampliar e sistematizar as questões sobre o direito à cultura. Ela explicou que foi criada uma agenda compartilhada com a Secult e anunciou para o próximo dia 25, a presença da secretária nacional de Economia Criativa, Claudia Leitão.
Indígenas e quilombolas também compareceram à abertura do evento, que foi conduzido pelo secretário estadual da Cultura, Albino Rubim. “Nossa expectativa é a melhor possível. Queremos compartilhar os debates sobre a política de cultura no Brasil com a comunidade cultural. Teremos ainda discussões sobre audiovisual, política de patrimônio e política de museus. Todos os temas de interesse”. Fonte: site Agecom Bahia

12 de abr. de 2011

Reunião do Setorial de Cultura do PT Bahia

Nossa próxima reunião ficou para quarta-feira, dia 13, às 19h, na sede da Zonal 123, no Rio Vermelho. A pauta está em construção, com alguns ajustes. Evento: Reunião do Setorial de Cultura do PT-BA Data: Quarta-feira, dia 13 de Abril Horário: 19h Local: Sede da Zonal 2ª e 13ª do PT, no Largo de Dinha do Acarajé, em cima do Barbitúrico, Rio Vermelho.