A criação de uma Secretaria Municipal de Cultura foi defendida pelo candidato a prefeito Walter Pinheiro, da coligação “Salvador - Bahia - Brasil” (PT, PSB, PC do B, PV), anteontem à noite, durante debate com moradores e comerciantes do Centro Histórico de Salvador, no Museu Eugênio Teixeira Leal. “A dimensão cultural é um dos eixos estruturantes do nosso programa de governo”, explicou o candidato. O candidato petista assegurou, inclusive, que o orçamento destinado à nova Secretaria será compatível com a compreensão da cultura como questão prioritária da sua gestão. A participação de Pinheiro no evento foi precedida por questionamentos feitos por diversos moradores, empresários e artistas que queriam saber as suas propostas para o Centro Histórico, com ênfase no Pelourinho. Ele criticou o processo de revitalização daquela área realizado na década de 1990, que, segundo afirmou, teve como foco a “limpeza” com a expulsão dos moradores e implantação de um modelo de ocupação insustentável. “A moradia é um aspecto fundamental para pensarmos num projeto de revitalização do Centro Histórico”, defendeu o petista. Um dos eixos da proposta de Pinheiro é articular a dimensão cultural na região para além da promoção de grandes eventos, por meio da criação e manutenção de atividades sistemáticas e permanentes de geração de renda para atrair o interesse dos soteropolitanos e não apenas dos turistas, desenvolvendo estratégias de economia solidária. O candidato petista lembrou de uma atividade que ocorria todos os domingos de manhã no Terreiro de Jesus, da qual ele freqüentou durante a sua juventude, a feira hippie, que reunia a produção de dezenas de artesãos de toda a cidade. Ontem à tarde, Pinheiro participou da sessão especial na Câmara Municipal de Salvador. Durante a sessão foram discutidos os impactos da nova lei que determina a gratuidade do transporte coletivo para pessoas com deficiência, a Lei da Gratuidade Sinal Fechado para Inclusão.
As informações são do jornal Tribuna da Bahia